Configurando OpenShift com Python 3.5
Introdução
O OpenShift é uma plataforma de PasS que possibilita aos desenvolvedores "subir" aplicações na nuvem de uma maneira simples e rápida. Ele funciona a partir de gears(engrenagens) que representam máquinas que irão rodar as aplicações. Dentro de cada gear é possível instalar serviços, os são chamados de "cartridges".
Existem 3 planos:
- Online (gratuito, com três gears)
- Enterprise (pago com suporte)
- Origin (versão da comunidade e pode ser utilizado livremente)
Um problema que me deparei ao utilizar o Openshift é que ele não possui um cartridge com Python3.5. Porém existe uma forma um pouco mais complicada de resolver esse problema.
Após fazer seu cadastro no OpenShift e instalar o client tools que contém as ferramentas necessárias para configurar nossa aplicação.
Após tudo isso vamos colocar a mão na massa, abra seu terminal e vamos lá.
Criando a aplicação
rhc app create <app-name> https://raw.githubusercontent.com/Grief/openshift-cartridge-python-3.5/master/metadata/manifest.yml diy-0.1
Substituindo "<app-name>
" pelo nome de sua aplicação.
O arquivo manifest.yml criado por Changaco(github) e "forkeado" por Grief(github) contém as configurações de um cartridge customizado que contém o python 3.5.
Para os curiosos o conteúdo do arquivo
---
Name: python
Cartridge-Short-Name: PYTHON
Display-Name: Only Python
Description: 'An embedded cartridge that provides only python, nothing else.'
Version: '3.5.0'
Versions: ['3.5.0', '2.7.11']
License: The Python License
License-Url: http://docs.python.org/3/license.html
Vendor: python.org
Cartridge-Version: 0.0.2
Cartridge-Vendor: praisebetoscience
Categories:
- service
- python
- embedded
Website: https://github.com/praisebetoscience/openshift-cartridge-python-3.5
Help-Topics:
Developer Center: https://www.openshift.com/developers
Provides:
- python
Publishes:
Subscribes:
set-env:
Type: ENV:*
Required: false
set-doc-url:
Type: STRING:urlpath
Required: false
Scaling:
Min: 1
Max: -1
Version-Overrides:
'2.7.11':
Display-Name: Python 2.7
License: The Python License, version 2.7
Provides:
- python-2.7
- python
- python(version) = 2.7
'3.5.0':
Display-Name: Python 3.5
License: The Python License, version 3.5
Provides:
- python-3.5
- python
- python(version) = 3.5
Após isso sua aplicação já estárá executando, caso deseje acessar o endereço da mesma deverá ser http://<app-name>
-
Se você acessar o diretório do seu projeto verá que existe um diretório ".openshift", dentro desse diretório existe um outro diretório chamado "action_hooks", e dentro desse diretório existem dois arquivos "start" e "stop".
- "
<app-name>
/.openshift/action_hooks/start" - "
<app-name>
/.openshift/action_hooks/stop"
Os dois arquivos são respectivamente os comandos para "subir" e "pausar" sua aplicação.
Flask
Vamos criar um projeto de exemplo, bem simples, que apenas nos retorne a versão do python utilizada. Primeiramente vamos criar nosso requirements.txt, com gunicorn e o flask.
"requirements.txt"
gunicorn
flask
Depois disso vamos criar o arquivo app.py que conterá nossa aplicação.
"app.py"
import sys
from flask import Flask
app = Flask(__name__)
@app.route('/')
def index():
return sys.version
Após isso basta fazer o commit de suas alterações.
shell
git add .
git commit -am 'Minhas alterações'
Após isso você verá que sua aplicação não está rodando, pois ainda não alteramos os arquivos "start" e "stop".
Configurando o Gunicorn no Start e Stop
O projeto diy do openshift nos deixa uma variável de ambiente $OPENSHIFT_DIY_IP com o IP da máquina, dessa forma podemos passar a variável e porta ao gunicorn.
"start"
#!/bin/bash
nohup $HOME/python/usr/bin/pip3 install -r $OPENSHIFT_REPO_DIR/requirements.txt
cd $OPENSHIFT_REPO_DIR
nohup $HOME/python/usr/bin/gunicorn app:app --bind=$OPENSHIFT_DIY_IP:8080 |& /usr/bin/logshifter -tag diy &
A primeira linha é o Shebang, o que significa que esse arquivo será executado pelo bash. Na segunda linha vemos nohup, que executa os comandos em uma sessão separada, vemos logo apóes vemos o uma chamada ao pip para instalar nossas dependências. Na terceira linha vemos o nohup, e depois o gunicorn inicializa nossa aplicação flask.
Isso só funciona pois o cartridge customizado instala o python3.5 dentro da pasta home do servidor do openshift.
"stop"
#!/bin/bash
source $OPENSHIFT_CARTRIDGE_SDK_BASH
# The logic to stop your application should be put in this script.
if [ -z "$(ps -ef | grep gunicorn | grep -v grep)" ]
then
client_result "Application is already stopped"
else
kill `ps -ef | grep gunicorn | grep -v grep | awk '{ print $2 }'` > /dev/null 2>&1
fi
Podemos ver que o comando ps procura algum processo do gunicorn, caso ele exista o kill será chamado.
Após isso, é só fazer o commit das alterações e você verá sua aplicação rodando.
Espero que o post ajude a quem quer subir alguma aplicação com python3.5 e só tem o heroku como opção.
Referências
"Configurando OpenShift com Python 3.5 + Flask + Gunicorn" de "Horácio Dias" está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.